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Foto do escritorRamon Bonetti

Surto de sarampo: o que você precisa saber

Atualizado: 22 de ago. de 2018




O Sarampo é uma erupção febril aguda, e tem sido uma das doenças mais comuns da civilização. Apesar do desenvolvimento de uma vacina eficaz, o Sarampo ainda é um problema de saúde pública em todo o mundo.

O último surto de sarampo no Brasil foi registrado há mais de quatro anos. Em 2014, 211 pessoas foram infectadas no Ceará. Desde então, o país só ouviu falar da doença em 2016, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) certificou o Brasil por eliminar a circulação do vírus. Em 2018, no entanto, os surtos voltaram.

A primeira suspeita de sarampo foi registrada em janeiro a partir de pacientes venezuelanos que chegaram ao Brasil fugindo da pobreza e da crise no país vizinho. Em pouco tempo, o Ministério da Saúde registrava surtos em Roraima e no Amazonas, onde a vacinação estava muito abaixo dos 95% recomendados. Nos dois estados, quem mais sofreu foram as crianças de seis meses a quatro anos, inclusive com casos fatais.

Todos os casos registrados recentemente no Brasil foram de pessoas que não estavam imunizadas adequadamente e que tiveram contato com um indivíduo infectado em outro país.

Também já houve casos no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia. A solução encontrada pelo governo foi convocar uma campanha de vacinação para agosto, e não é apenas para crianças: se você tem menos de 50 anos e não tiver tido a doença, é melhor se vacinar.

A campanha vai de 6 a 31 de agosto. O dia 18 de agosto será o dia de mobilização nacional, apelidado de "Dia D". Nessa semana, as crianças devem ser levadas aos serviços de saúde mesmo que tenham sido vacinadas anteriormente.


O que causa o sarampo? O sarampo é causado por um vírus, do tipo paramixovírus, e a espécie humana é o seu hospedeiro natural e reservatório. Não passa por outras espécies e mosquitos, como a dengue e a zika, por exemplo.


Como é a transmissão? Diretamente de pessoa a pessoa, através de secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.


Como é a doença? Após o contágio, há um período de incubação médio de 10 dias até aparecer a febre. O primeiro período é chamado Catarral e além de febre traz tosse, coriza, conjuntivite e irritação com a luz. Também aparecem “ínguas” no pescoço, que são linfonodos aumentados e uma mancha branca na altura dos pré-molares chamado de sinal de koplik, muito característico da doença. Após 6 dias, a pessoa piora desses sintomas todos e inicia o período Exantemático, quando aparecem as manchas no corpo, que se iniciam atrás das orelhas e face, e vão aparecendo aos poucos no sentido crânio-caudal (“descendo”para o tórax e restante do corpo). Essas manchas são avermelhadas e do tipo maculopapular (têm um discreto volume no centro da mancha). Após 6 dias do início das manchas, inicia o período de Convalescença, quando as manchas torna-se escurecidas e surge uma descamação fina, chamada furfurácea, que lembra farinha.


Quais as complicações? Podem ocorrer infecções respiratórias, pneumonias, encefalites, otite média, laringite, diarreia, panencefalite esclerosante subaguda.


E o tratamento? Não há um tratamento específico para a doença, utiliza-se sintomáticos: antitérmicos, hidratação oral, terapia nutricional com incentivo ao aleitamento materno e higiene adequada dos olhos, pele e vias aéreas superiores.


Por não ter um tratamento específico, é importante que a população esteja consciente da importância da vacinação. Trata-se de uma mobilização, visto que normalmente, a vacina contra o sarampo está disponível o ano inteiro nos postos de saúde para crianças e adultos.

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