top of page
Foto do escritorRamon Bonetti

Você conhece a história do filtro solar?



Existe evidência que as civilizações antigas já buscavam proteção contra os efeitos deletérios do sol. A noção de exposição excessiva ao sol como sendo danosa à saúde ou pelo menos cosmeticamente indesejável espalhou-se pelo norte da Europa ao fim da Revolução Industrial. Na contramão dessa tendência, a pele bronzeada voltou a ser vista como bela após a disseminação do hábito de expôr-se ao sol com esse fim pela estilista francesa Coco Chanel.

Na década de 1990, dermatologistas e outros profissionais da saúde iniciaram muitos esforços para educar a população a respeito dos efeitos deletérios da exposição solar excessiva bem como de câmaras de bronzeamento artificial. Apesar desses esforços, estudos recentes demonstraram pouca mudança no comportamento, especialmente de adolescentes, que continuam a sofrer queimaduras em números alarmantes e a buscar bronzeado por fins estéticos.

Os filtros solares são preparados farmacêuticos que atenuam a radiação solar que de outra maneira interagiriam com moléculas na pele ( cromóforos) gerando reações fotoquímicas, levando a mudanças fotobiológicas. Estes preparados são normalmente combinações de ingredientes ativos que absorvem ou espalham a radiação solar, e eles estão dispersos numa variedade de bases. Os ingredientes ativos não são absorvidos pela derme nem caem na circulação sanguínea de forma significativa.

O primeiro filtro solar moderno foi um produto contendo benzil-salicilato e benzil-cinamato, lançado em 1928. Todavia, o uso em larga escala foi feito com um produto a base de petrolato pelos soldados americanos na Segunda Guerra Mundial. Em 1943 foi patenteado o ácido para-aminobenzoico (PABA), mas foi só na década de 70 que houve um crescimento no consumo em larga escala pela população em geral. Desde então, o seu uso vem aumentando, não só com uso em filtros solares “de praia”, mas também em vários cosméticos para uso diário que contém filtro solar.


FPS - FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR

A medida mais comum de eficácia dos filtro solares é o FPS. Demonstra a proteção contra os raios UVB ( 290 a 320 nm). Ela é calculada para cada filtro com base em experimento com seres humanos voluntários, e o número na embalagem significa quantas vezes mais a pessoa pode se expor ao sol sem causar vermelhidão na pele ( eritema) do que sem usar o filtro solar. Um FPS 20 significa que uma pessoa pode se expor 20 vezes mais que sem o protetor e ter o mesmo efeito de eritema. Mas isso não significa que um filtro com FPS 40 absorva o dobro de radiação que um de FPS 20.


PROTEÇÃO UVA

É a proteção contra comprimentos de onda maiores que 320 nm. É um teste feito em laboratório, relativamente simples, em que o filtro solar é dissolvido em solvente e o espectro de absorção é determinado em espectrofotometria. O comprimento de onda crítico do produto é determinado no qual 90% da radiação acima de 320 nm é absorvida.


COMO AGEM OS FILTROS SOLARES?

Quando aplicados corretamente, formam um filme na superfície do estrato córneo da pele que atenua a radiação que de outra forma iria atingir a epiderme e derme. Os filtros são compostos de agentes orgânicos e inorgânicos. Os inorgânicos refletem os fótons de volta para fora da pele: óxido de zinco e dióxido de titânio. Os agentes orgânicos absorvem e dispersam os fótons: cinamatos, salicilatos, benzofenonas, avobenzona, octocrileno, mexoryl.


EFICÁCIA

O filtro solar ideal deveria proteger contra queimadura, câncer de pele, fotoenvelhecimento, imunossupressão relacionada à exposição à luz solar e fotossensibilidade. A fotoproteção caminha cada vez mais no sentido do amplo bloqueio UVA e UVB, e quem sabe, antirradiação infravermelha.

Mas nós precisamos fazer a nossa parte! Alguma dúvida de que a proteção é necessária?

55 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page